"Carol!" Ele respondeu com humor.
"Ham... Oi?"
"Olá."
"Eu esqueci alguma coisa na pista?"
"Nope."
"Oh. Pode entrar." Ri, pois ele estava na porta ainda.
"É... Sua mãe mandou eu esperar aqui enquanto elas cozinham."
"Vai jantar aqui?"
"Sim."
"Ham... O.k.!?"
"Carol."
"Oi?"
"Aonde está o seu hóspede?"
"Eu não faço ideia, e nem estou interessada em saber.""
"Que crueldade." disse, sentando.
"Agora vai babar-ovo do garoto?"
"Não, mas vai que ele é legal?"
"Duvido muito."
"Eu sou legal?"
"Sim."
"Então!?"
"É, mas você é você, ele deve ser um boyzinho nojento que só usa coisas de marca e tal."
"Eu não sou assim."
"Pois é, mas como eu disse, você é vo... Ei, espera, aonde você nasceu?"
"Mullingar."
"Mullingar fica na Irlanda... Seu nome é Niall, e você é quase igual à Maura. Ai meu Deus, sério?"
"Pensei que você não fosse se ligar nunca." Fui correndo abraçá-lo.
"Por que não me disse antes?" Comecei a fazer cócegas nele, até que minha mãe chamou-nos para comer, com um grito, e ele foi correndo, até que, antes de descer as escadas, me pegou no colo (???).
Comecei a gritar e a chutar o ar, mas não deu muito certo, e, além disso, tanto a minha mãe quanto a Maura estavam nos olhando fixmente.
"Pelo visto já se conheceram." Minha mãe disse, com um leve tom de humor e um não tão leve tom de malícia.
"Pois é, nós... Niall é o garoto que me ajudou quando eu caí." Elas trocaram um olhar que conseguiu ser mais malicioso do que a dala da minha mãe. "O que foi?"
"Nada... Bom, podem vir, antes que a comida esfrie." Sentei do lado da Maura, com minha mãe e Niall na minha frente.
"Por que vocês escolheram a Inglaterra para passar seis meses?" Minha mãe perguntou.
"Niall quer seguir carreira como músico, e aqui ele vai ter mais oportunidades." Ele canta?
"Você canta?" Minha mãe leu meus pensamentos.
"É, mais ouu menos. Eu toco também."
"Que instrumentos?" Perguntei.
"Violão e baixo, principalmente."
"Vocês sempre recebem intercambistas em casa?" Maura perguntou.
"Na verdade, não. É a primeira vez, nós estamos com um projeto da Carol ir pra Irlanda, e, para isso, alguém teria que ficar hospedado aqui."
"Você quer ir pra Irlanda?" Niall interrogou.
"Na verdade, sim, mas só se eu não for chamada na faculdade que pretendo ir."
"Pra qual faculdade você quer ir?"
"Oxford. Sonho desde criança, mas não sei passo com minhas notas."
"Uau. Você quer fazer o que?"
"Bom, eu pretendo fazer engenharia civil, mas, como é um dos cursos mais concorridos, vou tentar arquitetura como segunda opção."
"É de se admirar, torceremos por você!"
"Muito obrigada. E você, Niall, vai fazer alguma faculdade?"
"Ham... Sinceramente, eu não sei, tudo vai depender do que acontecer nos próximos seis meses. Vou fazer o teste do X Factor, mas não sei, de verdade, se tenho chances de passar."
"Nossa, que legal. Você vai passar sim!"
Ficamos conversando mais um pouco e comendo, até que, na hora de dormir, descobri que Maura ficaria na sala e Niall em um colchão no meu quarto. Só espero que ele não ronque, seja sonâmbulo, nem nada do tipo.
Enquanto escovava os dentes, vi que ele falava com alguém no celular, e parecia irritado.
"Olha, eu já te disse que não temos mais nada, o.k.? Vê se me esquece, garota, que eu já estou em outra."
Não acredito, ele tem uma namorada!? Quer dizer, uma namorada e uma ex-namorada que ainda gosta dele, o que é ainda pior. Não que eu me importe e nem esteja a fim dele, mas eu pensava que, sabe, já que ele veio pra Inglaterra só com a mãe dele, deveria estar com saudades, ou pelo menos ter falado algo dela... Ah, sei lá, isso não me importa.
Terminei de escovar os dentes, coloquei um pijama e fui para a minha cama, enquanto ele arrumava suas coisas num espaço que fiz para ele no meu armário.
"Quer ajuda?" Disse, me aproximando dele.
"Seria ótimo! Não entendo nada dessas coisas de organização, então..."
"Eu também não sou a pessoa mais organizada do mundo, com cereza!" Rimos.
"Você é linda." Corei.
"Ai, Niall, pare... Você é lindo também." Olhei no fundo de seus olhos e ele deu um passo em minha direção, abraçando-me.
Ao me "desabraçar", envolveu minha cintura com os braços e aproximou o seu rosto do meu. Nossos lábios estavam quase se tocando, quando ouvimos um barulho de passos vindos do corredor e nos soltamos.
Nisso, minha mãe entrou no quarto com cara de preocupação e entregou-me o telefone.
"Seu pai quer falar com você." O que?
"O que ele quer comigo?"
"Fale com ele."
Eu não acredito que ele me ligou. Meu pai nunca deu a mínima pra mim, desde que se separou da minha mãe, quando eu tinha três anos. Eu nem me lembro dessa época, então, pra mim, ele não significa nada.
É claro que é meu pai e tal, mas ele podia pelo menos ter ligado para me dar parabéns nos meus aniversários, me levado pra passear... Fazer essas coisas que os pais que não vivem com os filhos fazem, sabe!? O que ele queria comigo?
Oiii, amores, então, eu espero que vocês estejam gostando, comentem bastante, eu vou continuar amanhã e em breve terão mais coisinhas aqui no blog.
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